Isabela Broering

16/05/2017

Quando chega a hora de estagiar

    Voltando de viagem no começo do 2º semestre de 2016, começou umas das fases mais difíceis e de insegurança na vida de um universitário. Quando se falta um ano e meio para a conclusão do curso, no meu caso o de Engenharia de Produção, torna-se necessário começar a procurar um estágio. E esse era um dos meus maiores receios, pois sempre fui muito tímida e um pouco insegura, então morria de medo de prestar os processos seletivos e não conseguir uma vaga de estágio.

    Perdi diversos processos por conta da minha viagem, mas ao voltar, fiz alguns cadastros em sites de oportunidades de emprego, e logo iniciei as candidaturas para diversas vagas. Eu e mais duas amigas nos reuníamos durante algumas tardes para treinar para os processos seletivos, então fazíamos algumas candidaturas juntas, além de testes de lógica e de inglês.

    Algum tempo depois, as respostas chegaram. Algumas foram negativas, porém outras positivas, e que solicitavam minha participação em novas fases de processos seletivos. Nos da Cia de Talentos, principalmente, havia uma etapa de video challenge, no qual cada empresa definia questões para a gravação do vídeo e, em seguida, o candidato já poderia se apresentar e responder as perguntas selecionadas. No entanto, em outros, eram marcadas uma dinâmica em grupo e a apresentação pessoal.

 

 

    No dia da fase presencial, você sente uma mistura engraçada de sentimentos, pelo menos pra mim que sou bem tímida. Procurava pensar nas possíveis perguntas e respostas que seriam feitas, sobre como seria a dinâmica, na roupa apropriada, no horário e nos outros candidatos, portanto, diante disso, o nervosismo era algo inevitável. Mas aos poucos você percebe que todos os candidatos estão pensando e sentindo a mesma coisa, já que muitas vezes, você poderá ser surpreendido com algumas perguntas inesperadas e terá que pensar rápido.

     Acredito que os processos seletivos que eu prestei foram um pouco mais tranquilos do que esperava. A maioria dos seletivos teve um perfil mais informal, no qual os entrevistadores realmente queriam me deixar à vontade para mostrar quem eu realmente era. Os meus momentos mais difíceis ocorreram durante uma entrevista com um diretor de um banco e, também, quando um gestor me perguntou sobre qual patrimônio eu esperava ter aos 30 anos de idade.

     No final, eu fui aprovada no processo seletivo do Banco Safra, para o cargo de analista de crédito, e também no Banco BBM, na área de captação e large corporate. Foi outra grande decisão que eu precisei tomar, sempre com receio de perder uma oportunidade ou escolher a opção errada. Mas acabei por escolher o Banco BBM, onde eu comecei a estagiar no final do ano passado nas duas áreas.

     Meu maior conselho para quem está perto dessas fases é: o nervosismo é inevitável e às vezes você pode se deparar com algo inesperado, mas mostre quem você realmente é e como está disposto a aprender, pois tenho certeza que verão o seu potencial! Boa sorte!